A virgindade perpétua de Maria

A Imaculada Conceição Esposa Imaculada do Espírito Santo

Antes de entrar no tema que titula este texto, aceito, desde logo, todos os reparos a eventuais inconsistências no meu pensamento, quer doutrinais, quer teológicas. No entanto, estou seguro que em nada esmorecerão a minha Fé no regaço d’Aquela onde me refugio como pecador e onde encontro consolo nas minhas aflições.

 

Importa estarmos de acordo que a Palavra de Deus não é uma espécie de buffet, em me que permito acreditar nuns livros e não noutros; ou nuns milagres e não noutros; ou, ainda nuns mistérios e não noutros. Independentemente de gostar, ou entender os textos bíblicos, uns melhor que outros, não me é dada a escolha de dissertar sobre a Verdade neles inscritos. Podia alongar-me sobre isso, desfiando argumentos que considero válidos. Mas, nunca conseguiria dizê-lo da forma tão maravilhosa e tão definitiva, como São Paulo disse a Timóteo: “De facto, toda a Escritura é inspirada por Deus e adequada para ensinar, refutar, corrigir e educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e esteja preparado para toda a obra boa” (2 Tim 3, 16-17). Daqui concluo que se tenho algum favoritismo, ou menor entendimento sobre os textos bíblicos, é porque sou humano e, como tal, incapaz de compreender os insondáveis desígnios do Pai Eterno.

 

Assim, os 73 livros da Bíblia (os 66 protocanónicos e os 7 deuterocanónicos) devem ser considerados na sua integralidade. O mesmo é dizer que qualquer excerto que retiremos da Sagrada Escritura tem que ter em conta as várias dimensões do seu contexto. Caso contrário, será pretexto para uma interpretação errada do texto.

 

A razão imediata que me leva a partilhar estes pensamentos convosco é o facto de, usando textos bíblicos, alguns irmãos ponham em causa a virgindade perpétua da Nossa Mãe do Céu.

 

Este é o entendimento que, pela Fé e pelo conhecimento da Palavra que Deus me concedeu, que aqui quero partilhar convosco.

 

A) O Nascimento Virginal de Jesus

 

Sabemos que não há nenhum capítulo da biologia que possa explicar e/ou aceitar este Mistério. No entanto, pergunto: podem as ciências biológicas, ou outras, explicar a Ressurreição de Cristo? Ou qualquer um dos Seus Mistérios? Ou qualquer um dos Seus milagres? Ou, ainda, qualquer dos milagres que, em Seu Nome, foram feitos pelos Seus apóstolos e pelos Seus Santos?

 

Manda a coerência na Fé que, se aceitamos uns Mistérios, aceitemos os outros. Em nome da integralidade da Palavra.

 

Se o Nascimento de Jesus não fosse Virginal, então Ele seria filho adotivo de Deus. Ora, Jesus era Deus. Vejamos os primeiros versículos do Evangelho de João: “No princípio existia o Verbo; o Verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus… E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade”.

 

É importante notar e refletir sobre duas das verdades que João nos proclama. A primeira verdade é que Jesus era Deus e que foi apenas por aceder à Vontade Misericordiosa do Pai que Ele se fez Homem para estabelecer uma Nova Aliança com a Humanidade. Não há aqui nenhuma interferência humana. É a Vontade do Pai e a Obediência do Filho que O faz habitar entre nós.

 

Maria é a Escolhida por Deus para executar a Sua Vontade de estar no meio de nós (Emanuel) para nos salvar (Jesus). “… Salve, ó cheia de graça, o Senhor está contigo.» Ao ouvir estas palavras, ela perturbou-se e inquiria de si própria o que significava tal saudação. Disse-lhe o anjo: «Maria, não temas, pois achaste graça diante de Deus. Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. Será grande e vai chamar-se Filho do Altíssimo…” (Lucas 1, 28-32). Repare-se que o Anjo não veio pedir a Maria que fosse Mãe do Filho de Deus. Veio, simplesmente, comunicar-Lhe a Sua Vontade. Não temas… hás-de…porás o nome… E Maria, a Cheia de Graça, disse Sim, ainda que perturbada. E porque é que Maria é a Cheia de Graça? A resposta parece simples: porque é a Escolhida.

 

Ao escrever estas palavras vem-me à memória um cântico que o Padre Carneiro (Deus o tenha em bom recato) nos ensaiava, no Seminário do Bom Pastor, aquando do mês de Maria:

 

Antes que do nada surgissem os mundos,
Vós ereis Senhora pensada por Deus.
Voltai para nós vosso maternal sorriso de Luz.
Concebida fostes sem sombra de mal
Ó Mãe de Jesus.

 

É linda esta letra, não é? E a música também. Mas, sobretudo, explica muito bem o quanto Deus se esmerou na escolha d’Aquela que haveria de ser a Mãe de Jesus e, pela Fé, a nossa Mãe.

 

A segunda verdade é a forma como João trata Jesus: o Filho Unigénito do Pai.

 

Houve (e há) irmãos que usam esta expressão para provar que Jesus não era Deus, isto é, que Jesus não era igual à essência de Deus (consubstancial ao Pai), como segunda pessoa da Santíssima Trindade. Olhando para a palavra “unigénito”, sustentam que Jesus é um ser criado, porque um unigénito é alguém que teve um princípio no tempo.

 

A mera análise semântica da palavra “unigénito”, concede razão a quem assim possa pensar. No entanto, não devemos esquecer um pormenor: esta palavra é a tradução portuguesa da palavra grega” monogenes”. Como tal, temos que ver o significado original de la palavra em grego e não lhe dar os significados da tradução portuguesa.

 

João usou esta definição de monogenes: “referente a um ser único no seu tipo ou classe, único no seu género.” E usou-o em várias ocasiões: João 1:14, 18; 3:16, 18; 1 João 4:9.

 

O discípulo amado estava interessado, principalmente, em demonstrar que Jesus era o Filho de Deus (João 20:31), e usou esta palavra para identificar Jesus como o único Filho de Deus – partilhando a mesma Natureza divina de Deus – em contraponto a todos os crentes que são filhos e filhas de Deus, através da Fé.

 

Vejamos agora o que nos ensina Mateus (Mt 1, 1-17), quando descreve a Genealogia de Jesus: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá e seus irmãos… Jessé gerou o rei David; David gerou Salomão… Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel… Jacob (Eli) gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.

 

Nesta Genealogia encurtada, há um aspeto deveras interessante. Repare-se que todos foram sendo gerados pelos pais, que tinham um nome, obedecendo à tradição judaica, nomeadamente, no que toca à sua afirmação patriarcal e à importância que dá à ascendência familiar. Neste desfiar genealógico, note-se como Mateus descreve a ascendência de Jesus: José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo. Não segue a regra de todos os outros. Cortando com a tradição judaica, exalta a Mãe Maria e deixa o pai José em segundo plano.

 

De notar que o Credo foi constituído pelos Apóstolos e seus primeiros sucessores, a fim de que o povo cristão guardasse, de memória, os principais pontos da fé católica revelados por Jesus Cristo. O credo é uma fórmula doutrinária ou profissão de fé. A palavra “CREDO” significa creio. “Creio em um só Deus…Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigénito de Deus, nascido do Pai antes de todos os séculos… Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial ao Pai… desceu dos Céus. E encarnou pelo Espírito Santo, no seio da Virgem Maria, e se fez homem…”.

 

Com a mesma Fé com que proclamamos o Credo, também rezamos, na Exposição do Santíssimo Sacramento,a Oração dos Benditos: “…Bendito Jesus Cristo, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem; … Bendita a excelsa Mãe de Deus, Maria Santíssima; Bendita a Sua Santa e Imaculada Conceição. Bendita a Sua gloriosa Assunção; Bendito o Nome de Maria, Virgem e Mãe. Bendito seja São José, seu castíssimo esposo…”

 

Eu consigo compreender a dificuldade em entender o Nascimento Virginal de Jesus. Mas, na Fé nem sempre podemos entender tudo. “Ora a fé é garantia das coisas que se esperam e certeza daquelas que não se vêem”. (Hebreus, 11:1). E se esta é a melhor definição de Fé que conheço, tenho de aceitar que, algumas vezes, sejamos perturbados pela nossa incapacidade de entendimento dos mistérios de Deus. Também José ficou inquieto. Mas, como era um homem justo, Deus, na Sua infinita Misericórdia, acolheu as suas incertezas e deu-lhe o alento e ânimo para chefiar a mais maravilhosa de todas as famílias, a sagrada Família de Nazaré. Mateus conta-nos como foi: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava desposada com José; antes de coabitarem, notou-se que tinha concebido pelo poder do Espírito Santo. José, seu esposo, que era um homem justo e não queria difamá-la, resolveu deixá-la secretamente. Andando ele a pensar nisto, eis que o anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: «José, filho de David, não temas receber Maria, tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, ao qual darás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados.» Tudo isto aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho; e hão-de chamá-lo Emanuel, que quer dizer: Deus connosco. Despertando do sono, José fez como lhe ordenou o anjo do Senhor, e recebeu sua esposa. E, sem que antes a tivesse conhecido, ela deu à luz um filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus“. (Mateus 1, 18-25).

 

Se perseverarmos na Fé e, neste caso, se todos os que duvidam do Nascimento Virginal de Jesus perseverarem, também Deus os esclarecerá, pela Sua Bondade, tal como o fez com o Bom e Santo Carpinteiro de Nazaré.

 

E então, poderemos dizer como Isabel que, cheia do Espírito Santo, exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre. E donde me é dado que venha ter comigo a mãe do meu Senhor?” (Lucas 1, 42-43).

 

E, como Maria, a Senhora da Esperança, poderemos cantar: “A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador… O Todo-poderoso fez em mim maravilhas. Santo é o seu nome”. (Lucas 1, 47-49)

 

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e sua Mãe Maria Santíssima!

 

B) A Virgindade perpétua de Maria, Mãe de Deus

 

Há dois textos bíblicos que são muitas vezes usados para sustentar as dúvidas sobre a virgindade perpétua de Maria.O primeiro, Marcos 6:3: “Não é Ele o carpinteiro, o filho de Maria e irmão de Tiago, de José, de Judas e de Simão? E as suas irmãs não estão aqui entre nós?” e o segundo, Gálatas 1, 18-19: “A seguir, passados três anos, subi a Jerusalém, para conhecer a Cefas, e fiquei com ele durante quinze dias. Mas não vi nenhum outro Apóstolo, a não ser Tiago, o irmão do Senhor”.

 

A primeira certeza é que se retirarmos do contexto uma qualquer passagem da Bíblia, seremos, numa boa parte das vezes, conduzidos a conclusões erradas. Senão vejamos: a palavra “irmãos” tem vários significados em aramaico. E um deles é primo(a). De resto, na vizinha Espanha, em lugar do nosso “primo direito” usa-se a designação de “primo hermano”. Outro dos significados é cunhado(a).

 

No texto de Marcos conseguimos identificar 4 rapazes (com nome) e umas quantas raparigas (sem nome) como irmãos de Jesus. Como é usado no plural o termo raparigas, então seriam pelo menos duas. Sendo assim, Jesus teria tido, pelo menos, 6 irmãos: 4 rapazes e duas (pelo menos) raparigas. O que é curioso é o facto de os textos do Novo Testamento se referirem aos irmãos de Jesus e nunca aos filhos de Maria, ou de José, cumprindo a tradição da ascendência familiar. É também muito curioso que, nas Bodas Canaã, apenas a Mãe de Jesus, Jesus e os Apóstolos tenham sido convidados para o casamento e não haja referência a qualquer irmão de Jesus. Supõe-se que, pela altura das bodas, São José já haveria falecido.

 

Vamos lá tentar encontrar, noutros ambientes, os supostos irmãos de Jesus.

 

Em Mateus 27, 55-56: “Estavam ali, a observar de longe, muitas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia e o serviram. Entre elas, estavam Maria de Magdala, Maria, mãe de Tiago e de José, e a mãe dos filhos de Zebedeu”. Quem era esta Maria, mãe de Tiago e José? Não era certamente Maria, Mãe de Jesus. Era Maria de Cléofas, também conhecido por Alfeu, ou Clopas, irmão de São José. Logo Tiago e José eram primos de Jesus. E Maria de Cléofas era cunhada da Virgem Mãe.

 

Em Mateus 10, 2-4, confirma-se a paternidade de Tiago, filho de Alfeu. Trata-se de Tiago Menor (que foi bispo de Jerusalém) já que o outro, irmão de João, era filho de Zebedeu. “São estes os nomes dos doze Apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o Zelota, e Judas Iscariotes, que o traiu”. A paternidade de Tiago – filho de Alfeu – é, de resto, confirmada nos Evangelhos de Lucas (6:12) e Marcos (3:13).

 

Vejamos, também, o que nos descreve João 19, 25-27: “Junto à cruz de Jesus estavam, de pé, sua mãe e a irmã da sua mãe, Maria, a mulher de Clopas, e Maria Madalena. Então, Jesus, ao ver ali ao pé a sua mãe e o discípulo que Ele amava, disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!» E, desde aquela hora, o discípulo acolheu-a como sua”.

 

Este texto levanta-me duas questões. A primeira é a referência a Maria, a mulher de Clopas, aqui tratada como irmã da Mãe de Jesus. Como poderia ser irmã? Certamente que São Joaquim e Santa Ana não iriam dar o mesmo nome a duas filhas. A verdade é que Maria de Clopas era cunhada da Virgem Mãe. E, como vimos antes, cunhado é um dos significados da palavra “irmão”.

 

A outra questão que se levanta é a seguinte: Se Jesus tinha mais irmãos, porque é que decidiria entregar a Sua Mãe a um de fora? E por que motivo aceitaria João acolher Maria, se Jesus tinha mais irmãos? A resposta é simples: João e Jesus sabiam que a Virgem Mãe não tinha outro filho, além de Jesus.

 

Tudo isto fui lendo e ouvindo, mas continuava inquieto. Não por uma questão de Fé que, com a Graça de Deus não me faltou, mas antes procurando e pedindo um sinal a Deus que me desse o alento e a capacidade de argumentar factualmente sobre a Mãe Imaculada, entre o momento que foi escolhida por Deus e a Sua Assunção Gloriosa.E aconteceu que, depois de muito refletir e de pedir ao Pai, uma destas noites fui encaminhado para o milagre da ressuscitação do filho da viúva de Naim (Lucas 7:11-17). Perguntei-me, duvidoso que também sou, o que é que este milagre tinha a ver com Maria Imaculada.

 

E à medida que fui refletindo, fui descobrindo que dos ressuscitados por Jesus – melhor dizer revivificados, porque só Jesus ressuscitou – apenas a Lázaro (amigo de Jesus, irmão de Maria e Marta) foi atribuído nome. Nos outros casos, eram filhos, ou criados de alguém: o filho da viúva, a filha de Jairo, o criado do centurião… Por essa razão pensei que mais do que atribuir o nome ao revivificado, Jesus me queria transmitir o significado e a mensagem de cada revivificação.

 

Na Sua Coerência com o Sermão da Montanha, Jesus é o refúgio dos pecadores, dos desvalidos e dos abandonados. O que é que significava a morte do filho da viúva? Se atendermos ao contexto social da época, a tradição judaica era marcadamente patriarcal e a mulher tinha um papel subalterno. De facto, ela era do pai, enquanto solteira, do marido, após o casamento e do filho mais velho, no caso de enviuvar. Se enviuvasse sem filhos, o irmão do marido tinha a responsabilidade de a desposar (Lei do levirato – Deuteronómio 25: 5-10), se fosse solteiro. E, se acaso, o filho mais velho falecesse, seriam os filhos seguintes a cuidar da mãe. Acontece que o filho da viúva era o único filho. Pelo que, com a sua morte, a mãe seria socialmente abandonada à categoria de indigente.

 

Foi aqui que percebi. Foi como que de um Eureka espiritual se tratasse. Percebi, desde logo, que os milagres de Jesus, se forem bem refletidos, nos ajudam a compreender melhor o mistério da nossa Redenção.

 

Por outro lado – e isso foi maravilhoso, porque senti a Graça de Deus – evoluí no entendimento das ordens de Jesus, antes de expirar: “disse à mãe: «Mulher, eis o teu filho!» Depois, disse ao discípulo: «Eis a tua mãe!” E o que é que compreendi, afinal?

 

Compreendi que, do ponto de vista teológico, discípulo amado simboliza a igreja de Deus, tal é o Amor do Pai por todos nós. Então, percebi que Jesus – Verdadeiro Deus – entregava a Sua Igreja à Senhora do Sim e da Omnipotência Suplicante, para que na Sua Imensa ternura a cuidasse, como uma mãe cuida um filho.

 

Por outro lado, compreendi que Jesus – Verdadeiro Homem – conhecia melhor que ninguém a tradição e as leis judaicas. E, como tal, quis garantir o amparo da Sua Mãe terrena. E, por isso, ante testemunhas romanas e judaicas entregou-A a João para que A acolhesse e cuidasse.

 

Jesus disse: “da boa árvore nasce o bom fruto” (Mateus 7:17) Ora o fruto imaculado só poderia ter nascido da árvore imaculada. E, pela pena de Mateus (12:35), Jesus também disse: “Uma boa pessoa tira do seu bom tesouro coisas boas; mas a pessoa má, tira do seu tesouro mau, coisas más”. Sejamos boas pessoas e tiremos coisas boas do maravilhoso Tesouro de Deus: A Sagrada Escritura.

 

Então, perguntemos: Maria teve mais filhos de sangue, além de Jesus? A resposta é, obviamente, NÃO!

 

E Jesus teve mais irmãos? A resposta é, obviamente, SIM, conforme Ele Mesmo nos ensina: “…todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está no Céu, esse é que é meu irmão…” (Mateus 12:50). E Maria, no seu único Mandamento, exorta-nos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Porque é fazendo o que Jesus nos diz que deixaremos de ser filhos de Eva e das trevas, para sermos, verdadeiramente, filhos de Maria, a Senhora da Omnipotência Suplicante, que irradia a Luz da Misericórdia de Deus.

 

Acolhamos, pois, com João, Maria na nossa casa e, sobretudo no nosso coração, para sermos agradáveis ao Filho e, seguindo os Seus passos, seremos agradáveis à Mãe.

 

Louvado Nosso Senhor Jesus Cristo e Sua Mãe Maria Santíssima!